O "erro médico" que você não cometeu — mas que pode colocar sua carreira em risco.

Um alerta importante para quem atua na área da saúde

Você segue os protocolos, cuida dos seus pacientes com responsabilidade, faz os registros, explica os riscos...

 E mesmo assim, um dia recebe uma notificação do Conselho. Ou até é surpreendido por um processo judicial.

Infelizmente, isso é mais comum do que parece.

 Mas o ponto principal é: nem todo resultado indesejado configura erro médico.

Geralmente, o que está acontecendo é algo designado por iatrogenia — e entender isso pode fazer toda a diferença na sua defesa.

Iatrogenia: o risco dentro da prática.

A iatrogenia é um termo técnico usado para definir aquelas consequências adversas que ocorrem mesmo quando o profissional atua dentro das boas práticas.

Ou seja, um procedimento pode gerar um efeito colateral, uma complicação ou até mesmo um desfecho indesejado — e ainda assim, o médico ou dentista não ter cometido nenhuma falha técnica.

A medicina, afinal, não é uma ciência exata e vários fatores externos podem influenciar no resultado de um procedimento ou tratamento, como as condições de saúde do paciente, a adesão do tratamento proposto e as características intrínsecas do indivíduo.

O que vai diferenciar uma conduta legítima de uma possível responsabilização é justamente como essa situação foi conduzida e registrada.

Quando o “erro” se torna um problema jurídico

É aí que muita gente se complica: não pela conduta clínica, mas pela falta de documentação e comunicação adequada.

Alguns fatores que aumentam o risco de responsabilização:

• Ausência de termo de consentimento informado;

• Prontuário incompleto ou genérico;

• Falta de clareza na explicação dos riscos ao paciente.

• A realização do Reembolso ao paciente quando não houve falha profissional
  
  
  
  

Em contrapartida, já acompanhei diversos profissionais que enfrentaram processos éticos ou judiciais e conseguiram resguardar sua reputação e seu registro profissional justamente por fazerem a lição de casa: documentaram bem, informaram corretamente e tinham apoio jurídico desde o início.

Como se proteger de forma eficiente

Se você é profissional da saúde, aqui estão quatro medidas essenciais para proteger sua prática:

1. Consentimento informado: documentos claros, específicos e assinados pelo paciente.

2. Prontuário detalhado: registros completos, objetivos e alinhados com o que foi explicado ao paciente.

3. Contratos sólidos: especialmente em parcerias com clínicas ou hospitais.
   
   

Acompanhamento jurídico preventivo: alguém que entenda da sua realidade e possa orientar antes que o problema aconteça.

Já está enfrentando um processo ou notificação?

Se você recebeu uma notificação do CRM, CFM ou outro conselho, ou se foi citado em uma ação judicial, a pior coisa a fazer é responder sem orientação especializada.

Muitas vezes, é a resposta mal elaborada que complica a situação, não o caso em si.

💬 Se você precisa de ajuda ou orientação, estou à disposição para uma conversa inicial — com total sigilo e sem compromisso.

Você cuida da saúde e da vida das pessoas todos os dias. Mas, para continuar exercendo essa missão com segurança, é essencial cuidar também da sua carreira, nome e registro profissional.

Advogada Stephanie Pacheco.